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Um sonho mal fadado

  • R. W.
  • 16 de mar. de 2018
  • 2 min de leitura



Olá, gente. Quanto tempo, né. Eu sempre acabo enrolando mais do que devia para fazer alguma postagem nesse blog. E como sempre vim expressar apenas alguns pensamentos sobre coisas que não entendo muito bem.


Nunca fui uma pessoa que realmente sonha com que quer, mas do tipo que sabe o que quer mesmo que não diga ou expresse isso. Não sei dizer se é um defeito ou uma qualidade, pois "objetivos" não são sonhos, muitos menos algo que realmente te preencha de esperança. Mas continuam a perguntar quais são os meus sonhos, e mesmo que talvez não possua um, fico curiosa para saber o que é essa ânsia por algo que não tenho. O que será que eu desejaria com todas a minhas forças para que se realizasse? O que me faria tão feliz que sairia aos pulos de alegria?


Depois de um tempo pensando eu realmente não sabia.


Muitas coisas aconteceram nesse meio tempo. Muitas coisas acontecem a todo minuto, e não sei o que pensar sobre o que estou a sonhar ou o que me faz ancorar ao chão. Sinto que no momento que decidisse sonhar, teria algo em minhas mãos tão valioso que não saberia cuidar. Que sentiria se partir ainda em meus dedos. Talvez o segurasse com tanta força que o esmagaria. Nunca fui do tipo que soubesse cuidar das coisas; em minha mente é muito mais fácil ver algo ser destruído do que consertado. Talvez apenas seja um defeito de fábrica.


Torço para que ao amanhecer talvez um sonho venha com ele. Que no meu mais ínfimo nasça essa semente, e que ao anoitecer ela não esmoreça. Muitas coisas não acontecem da forma como planejamos, e a decepção vem como uma onda varrendo qualquer sentimento bom que ainda resta. Imaginar o pior é como nos preparar para algo que doeria. Muito.


As coisas parecem simplesmente vir em sequência. E após a água não restaria nada, nem mesmo uma semente, nem ela é capaz de sobreviver a uma forte decepção. Depois, haveria apenas os pensamentos tempestuosos após o desastre. As lágrimas como uma doce chuva que de repente engrossa e molha as roupas no varal.


E aí percebemos, por mísero momento, ao recolhermos as roupas que ainda elas poderiam ficar secas. Provavelmente ainda teríamos arrependimentos. Ou veríamos aquilo como um novo começo onde tudo já havia sido levado embora. Roupas ainda não poderiam ser plantadas, mas esperança nunca foi ver aquilo que esta diante de nós, e sim, enxergar muito além do horizonte e encontrar conforto.


No fim ainda só espero que quando um novo dia surja, nenhum ressentimento tenha sobrado, porque quando nos deixamos magoar, somos os únicos a saírem machucados. E talvez assim tudo se preencha de sonhos que nos deixa extasiados. E nada além disso importasse mais. Nem mesmo a falta de sonhos.


Possivelmente meu sonho seja ter um sonho. Viver em lugar que a paz não me incomodaria e a saudade não bateria.


Bye.


R.W.

 
 
 

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R.W.

Bem-Vindos

04/10/2016

R.W.

"Assim como uma bela ventania da madrugada ela afogou-se com um par de asas."

R.W.

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