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Palavras profundas de uma mente confusa

Já se sentiram tão tristes por saber o por quê vocês tem uma cabeça tão ferrada?


Oi, tudo bom, estrelas do meu céu nublado? No momento (como sempre) estou pensativa Só acho engraçado que por mais que sejam sobre as mesmas coisa, a mesma tecla, o sentimento e a descoberta sempre é outra.


Impressionantemente, estou me mantendo firme quanto a fazer essa limpeza interior. Agora por mais que me sinta revoltada, não é mais tão importante para mim aquelas pessoas que só quiseram me ferrar (em sua maioria) gratuitamente. Esse final de ano foi como um balde de água fria em um dia quente.


Em resumo, cortei laços. E percebi que toda aquela raiva que sentia só estava dando a eles mais poder sobre mim e minha vida. Sei que o que deu de errado não tenha sido culpa deles, mas tenho consciência que possam ter tido influência em algumas merdas, porque eu permitia ser abalada por eles e achar que não mereço uma vida "perfeita" sem eles por perto. Sendo que isso é apenas lixo do subconsciente. Ideias antigas que não tem o menor valor.


Nesses impasses foi que notei que muitas coisas poderiam ter sido evitadas se eu não tivesse insistido. As amizades ruins e cruéis, as pessoas que me tinham por perto e não gostavam de mim e as situações que aceitei por causa de outros... Dentre tudo isso, ignorar o que minha intuição gritava foi o que mais me prejudicou.


Eu sabia que voltar para a casa da minha avó que meu pai herdou não traria uma energia boa. Assim como sabia que a necessidade que tinha de estar com certas pessoas por causa de amizade, na verdade era simplesmente porque não queria ficar sozinha e sem "amigos". Acostumei tanto a insistir em uma amizade, que até hoje vejo que continuo repetindo as mesmas atitudes e hábitos. Por puramente achar isso normal e usar isso com válvula de escape para não ficar em casa.


É como disse no começo do texto, se tivesse cortado esse padrão desde o começo, os que vieram depois não existiriam. Achei que era correto me desmerecer por causa dos outros, e por mais que outros me elogiassem e eu ficasse feliz eu não acreditava verdadeiramente nisso. Ás vezes nem era o "outro". Era eu mesma me colocando com submissa em um relacionamento que de um: a pessoa nunca gostou de mim e me tinha como obrigação ("pet"); e de duas: abaixar a cabeça se tornou natural. Até que não deu mais, e só ontem percebi que minha dificuldade em criar "laços" com as pessoas era basicamente o trauma que resultou disso.


Passei muito tempo passando pano para atitudes escrotas e normalizei essas atitudes. Tentei repetir o que fizeram comigo, doeu mais do que quando eu era o "alvo" ou a excluída de tudo.


Quando mudei de escola foi difícil tudo isso. Agora que entendo me sinto mais tola ainda por não ter notado antes. Porque amadureci de certa forma. Algumas coisas só entendemos depois que já passou, não é?


No caminho de compreender isso, foi que lembrei do momento que decidi ser grata por alguém. Nem lembro mais porque esta tão triste e mal no dia, só sei que lembrando o que estava sentindo, já tinha desistido de tudo. Não sei como estaria minha vida hoje se essa pessoa não tivesse parado e falado comigo sobre assuntos bem bobos, mas que me fizeram rir. Transformou meu dia de total desespero em um que por mais chovesse eu estaria segura da tempestade, independente do quão forte ela fosse.


Toda a história de como conheci essa pessoa é muito estranha. Talvez já estivéssemos destinados a sermos irmãos (parabatai). Por mais que algumas coisas tenham sido ruins na nossa amizade, e cheia de mal entendidos, vi que como ele me tratava era bem diferente das outras amizades que tinha tido até então, e olhando para o passado, isso me deixou muito confusa na época. Infelizmente padrões negativos para obter a aceitação dos outros é um pouco complicado de serem quebrados quando mal percebesse qual era o erro da equação.


Agora? Estou um pouco melhor. Lembrando disso tudo sem sentir tanto ódio e remorso, só me compadeço pelo o que passei. Por mais que sempre tenha dito a mim mesma que existiam pessoas com dores bem mais profundas que a minha e que não valeria a pena sentir-me magoada, porque não tinha esse direito, fico feliz de ter estado errada quanto a isso. Quero levar esse aprendizado para o resto de minha vida e para as próximas que virão.


Fui cruel com as pessoas que queriam meu bem e fui compreensiva com quem não se importava comigo. A vida é um parque de diversão muito louco por entrarmos em brinquedos que não fazemos ideia de como funciona.


Depois de muito tempo finalmente eu quero estar perto das pessoas. Criar laços, conhecê-las. Ainda é um pouco difícil, porém estou começando a deixar esse medo de lado. Não é porque alguém partiu meu coração em milhões de pedacinhos que todos vão fazer o mesmo. Sinto como se tivesse apostando em algo muito arriscado cheia adrenalina e receio de perder algo importante pra mim.


Estou tentando me entender, por mais que isso me assuste às vezes por diversas razões. Mais o que mais me amedronta é descobrir o quanto de poder dei as pessoas no passado para que pudesse me machucar tanto, se vou cometer o mesmo erro novamente.


Sei que isso é um belo de desabafo longo, até. Possivelmente você se sinta melhor sabendo que não é o único que tenha esse tipo de problemas e que esta tudo bem em não estar bem o tempo inteiro. Bugado , né? Ou isso talvez te faça recordar de lembranças das suas memórias ou você só seja curioso e portanto leu até o final. De toda forma, agradeço por ter lido.

15.02.2020

"Não se sabe o quanto um coração pode se quebrar, mas por mais que o tempo ajude a esquecer a dor, é o fato de querer consertar e juntar os caquinhos que realmente pode curar um coração partido."

R.W.





R.W.

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04/10/2016

R.W.

"Assim como uma bela ventania da madrugada ela afogou-se com um par de asas."

R.W.

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